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Ciência e tecnologia avançam no enfrentamento à COVID-19

Desde a detecção dos primeiros casos, a COVID-19 tem mobilizado instituições e pesquisadores em todo o mundo na busca por soluções em diagnóstico, tratamento e imunização. Por ser uma doença nova, surgida no fim do ano passado, na China, o coronavírus ainda traz mais perguntas do que respostas, mas o mundo científico caminha para produzir conhecimento essencial para combater a doença e diminuir seus impactos tanto na saúde, quanto econômicos e sociais.
Atualmente, cerca de 41,3 milhões de pessoas já foram infectadas globalmente pelo vírus, sendo mais de 5 milhões de casos aqui no Brasil. Em todo o mundo, as pesquisas por vacinas contra o SARS-CoV-2 avançam em ritmo acelerado. Em 15 de outubro de 2020, havia 42 vacinas candidatas em avaliação clínica em humanos, e 156 em avaliação pré-clínica.
De acordo com informações da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), a avaliação de uma vacina candidata passa por diferentes fases (pré-clínica e clínica) até que receba aprovação regulatória. O objetivo de todo esse processo é garantir a produção de vacinas realmente seguras e eficazes.
Segundo Mariângela Simão, vice-diretora geral da área de Medicamentos, Vacinas e Produtos da Organização Mundial da Saúde (OMS), há dez candidatas na última fase de estudos clínicos, mas não há expectativa para que nenhuma dessas vacinas finalize a fase 3 - quando são realizados testes em milhares de pessoas em um ou mais países - antes do final do ano.
Informação e saúde
Enquanto a vacina não está disponível, uma das formas de mapear a transmissão é contar com a análise de dados e informações em diversos níveis. No Brasil, a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), que faz parte do programa Conecte SUS, foi impulsionada como ferramenta fundamental para a estratégia de enfrentamento do novo coronavírus.
A plataforma promove a recepção e integração de notificações de exames da COVID-19 realizados pelos Laboratórios de Análises Clínicas, permitindo a visualização dos resultados pelo cidadão e pelos profissionais de saúde envolvidos na continuidade do cuidado. O acompanhamento dessas informações é importante para o conhecimento do perfil epidemiológico do país, de possíveis cenários futuros e para a identificação de tendências e de populações vulneráveis.
Cuidados ainda essenciais
Enquanto ainda não há solução para a imunização contra o coronavírus, é importante e necessário que a população siga se protegendo e se informando. Para isso, é preciso reforçar, no dia a dia, a manutenção das medidas de segurança, como higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool gel, uso contínuo de máscara e distanciamento de pelo menos 1 metro para outras pessoas.